quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Insistimos em sentir a dor. De novo e de novo. Sentir-se perdida em meio a uma multidão e não ver mais direção a seguir. Achar que é seguro aventurar-se por caminhos antes percorridos e por isso achar que vai ser fácil. Pobre menina que não conhece as tramoias do coração. Do seu próprio coração. Cadê aquela sua segurança e a sua muralha? Onde foi parar sua impetuosidade? Você era forte, firme, linda aos olhos dos “fracos”. O foda-se era a sua palavra de ordem. Ela sabia usar as palavras e se posicionar. E quem foi que te fez cair querida? Deixou seu escudo e sua armadura e voltou a mergulhar em mar desconhecido. Pobre menina. De tanta angustia teu coração saltou. De tanta dor se fez forte. De tantas histórias se fez sábia. Ela tinha certeza que iria saber lhe dar com a situação. Hoje seu coração está calmo; doído pelas marcas que se fizeram ao ter que engoli-lo. Entretanto calmo, pois daqui seguirá de novo para uma futura batalha... Futura sim, pois não sei quando recuperará a coragem de está consigo de novo e sentir-se como antes havia. Quanto a ele, será importante e especial, mas voltará ao baú de lembranças talvez boas, ou não. Segue garota. E não olha pra trás. O amor caminha para frente e você também!

domingo, 18 de agosto de 2013

É como se estivesse em uma festa que está chegando ao fim. Você permanece um pouco mais porque há pessoas que te interessam. E cada vez vai ficando mais tarde e apesar de saber que deve ir embora, você fica um pouco mais. É assim que acontece comigo. Entrei para participar de uma festa onde o fim já se fazia próximo. Puxei a cadeira, sentei e comecei a conversar. Enquanto a festa ia acabando e os convidados indo embora eu observava e adiava um pouco mais a minha ida. Ficaram as garrafas e copos vazios. As cinzas de cigarros jogadas pelo chão. Uma sensação boa de festa com um gosto um tanto amargo do fim. As pessoas foram embora. Cada uma no seu tempo, ninguém quis adiar um pouco mais. Só eu! E o que ficou foi a certeza de que eu já deveria ter partido com os outros. Juntei os cacos, os frascos, os copos. Varri as cinzas. Lavei a casa. Dei-me conta dos prejuízos e calculei os bônus. Pesei a minha consciência. Já estava tudo pronto. Eu já podia partir!


Eu não deixei de achar graça nas coisas...  O que acontece se uma dia temos que crescer?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

É como se o velho e novo amor se encontrasse. Viver tudo de novo! Com o mesmo frio na barriga. Se adaptar a uma nova rotina e a uma nova pessoa. Mas com tanto da antiga rotina. Entregar-me de novo nos braços de quem sabe o que fazer com o meu corpo, mas não tem ideia do que fazer com a minha vida e com os meus sentimentos. Cair no novo, no estranho, no desconhecido. Obstáculos a serem passados. Medos deixados para trás. Uma só decisão: A de deixar a vida tomar o rumo que ela quiser. O medo ainda existe. Mas antes eu estava amando, estava apaixonada. Agora não sei o que eu sinto. Nada ou tudo, mas não o mesmo. É difícil recomeçar. É estranho olhar para si e ver-se na mesma situação de anos atrás. Não sei o que quero dizer quando falo de amor. Não sei a que “pé” está essa nova relação – Que não se intitula não se rotula e nem se explica. Eu não sei mentir para mim e nem para o meu coração, não sou boa atriz da minha vida. Eu amo alguém a quem eu não posso e nem vou voltar a ter. Todavia, tenho uma chance nova em minhas mãos, e muito medo. Quero poder estar por inteira, e eu estou. E acabamos enxergando que sempre haverá pessoas marcantes na vida dos outros - O que não diminui o amor sentido por outrem; E tendem a nos desconfortar seja lá em qual posição estiver. A confusão da despedida me vem a tona agora no recomeço. Talvez seja medo de perder e sentir o mesmo de novo. Trocar juras e caricias e no final encontra-las pelas frestas de um ralo, escondidas dentro de um esgoto. Ou apenas deixar que o vento as levasse para longe, de novo. Não deixo que o medo me controle. Eu não posso deixar que ele me vença. Eu tenho que tentar, eu vou tentar. Por mim, para mim. O importante para que uma relação a dois der certo é fazer dar certo a sua relação consigo. Se o passado e o presente se encontram posso reencontrar os meus erros e fazer deles hoje acertos. Prefiro pensar que teve que ser assim porque uma força maior assim decidiu. Eu vou viver hoje um dia de cada vez; e não vai ser pensando só em mim. Mas procurando o meu bem estar, independente do que apareça ou reapareça. Independente do amor que eu possa sentir.