terça-feira, 18 de março de 2014

Apenas mais uma de amor - Parte VII (O fim )

Chuck and Blair asleep after a good scheme planning
(imagem retirada do we heart it)

Nesse dia frio de poucas nuvens e a espera de uma chuva, bem parecido ao dia que nos reencontramos, estou sentada em frente a uma paisagem linda. Na frente um lago, ao lado um monumento arquitetônico, atrás um lugar do qual eu não vou esquecer. O vento bate forte e nem esse casaco de lã vai sanar o frio que eu sinto. Com um olhar talvez não tão fixo, mas um pouco mais seguro. Estou lembrando que tenho que partir, eu tenho hora para voltar e compromissos a cumprir. Mas algo me segurou aqui até agora, alguma energia, alguma força. Nas horas que estive aqui me lembrei de tudo, reli todas as outras cartas introspectivas, me dei conta de que o ciclo estava se fechando. Joguei-as ao vento. É como me desfazer de um belo quadro que comprei por impulso. Escrever sobre nós me fez libertar monstros e fantasmas. Também, me fez ver o quanto eu havia aprendido sobre mim. Mas ainda sim me fez ver a incoerência que eu esperava ou queria viver. Não posso negar o que foi bom. Mas não posso me desfazer das dores e marcas que ficaram. Ainda que houvesse (amor? Ainda acho muito forte dizer isso) algo! Eu pude expor tudo de bom que aconteceu, tentando não me lembrar muito dos erros, dores e ofensas. Não espero e nem quero que você entenda. Eu não quis entender. Toda essa história não é digna de pena e nem de ser levada a lágrimas no final. E nunca foi a intenção. O final. A intenção foi organizar, para mim, o que houve e o que eu sinto. Hoje eu sei exatamente o que eu sinto. E sei também para onde eu quero ir. Não vou incluir nada. Minhas malas dessa vez estão vazias e sinto que esse vento pode me levitar. Os olhos ainda estão marejados, uma lágrima insiste em cair e eu não sei bem o significado dela. Mas o sorriso se faz mais presente, mesmo que apareça ainda tímido. Uma vez eu escutei uma pessoa muito querida dizer que o pior do fim de um relacionamento é quando as duas pessoas se tornam estranhos uma para outra. Acaba a cumplicidade e a amizade, ou simplesmente acaba. E foi assim, de tanto dividir nós acabamos nos subtraindo. Sem conversa, sem rancor, sem volta. Eu vou te deixar aqui e vou partir pra uma nova cidade. Entretanto parte de mim vai permanecer nesse lugar, por que foi nele que eu descobri que minhas amarras deviam ser cortadas. Essa paisagem não deveria ser de um fim. E fico feliz ao ver pessoas, aqui, continuando ou começando. E quem disse que é só um fim? Esse acima de tudo é o meu recomeço. Livre. O diferencial nessa história é que ela começou no fim. Dar as costas para esse lago e essa ponte me aperta o coração, minha garganta trava, a paisagem ainda é linda. E quem sabe assim como da outra vez, que sai de um lugar parecido tentando sumir, venha um anjo com flores para me ofertar. Dessa vez eu não vou voltar atrás. Não vou dar a oportunidade ao “acaso” para de novo sofrer mais decepções e magoas. Suas promessas e conversas não têm mais o dom de me persuadir. A decisão foi tomada. Vou da partida no carro. Na minha vida dei partida quando sentei ali de novo e tive a certeza de que eu estaria completa sem você. Agora é admirar a paisagem, pelo retrovisor, que fica cada vez mais distante e quando desaparecer, olhar só para frente. 

" Pode até parecer fraqueza, pois que seja fraqueza então... O que eu ganho e o que eu perco ninguém precisa saber "

terça-feira, 11 de março de 2014

E quem "dane-se" agora?

✌
(imagem retirada do site We heart it)

O foco do momento deve ser o EGO. Egocentrismo para ser um pouco mais esclarecedora. Falta cuidado com o próximo e sobra cuidado para si. E eu fico observando a quantidade de vezes que olho para o espelho durante o dia. Será que coincide com a mesma quantidade de vezes com que eu olho para quem está ao meu lado ou, quem sabe, próximo a mim? Talvez eu não tenha tanto cuidado para não magoar os outros assim como o que eu tenho em guardar minhas maquiagens. Ou quem sabe eu me importe muito mais com o cheiro do meu perfume do que reparar nas lágrimas de quem me cerca. Sou grata, extremamente grata, por quem corre ao meu lado. Mas, será que já não os magoei hoje? Eu não tenho o mesmo cuidado com as palavras ditas como eu tenho ao escrevê-las. Hoje saber do sentimento alheio (digo isso pensando em alguém próximo) virou tarefa chata ninguém se importa, ou quase todo mundo, é melhor resolver os nossos problemas ao se “preocupar” com o dos outros. Há, também, aqueles que de tanto não serem notados gritam atenção e acaba fazendo de todos os acontecimentos uma grande tragédia. É mais fácil identificar erros nas outras pessoas do que ajudá-las a melhorar. Posso concordar com isso, e até concordo às vezes parece ser até mais divertido. E é isso que nos leva a esse novo comportamento “dane-se os outros, eu estou bem!”. Danem-se mesmo? Hoje são eles, amanhã será você. Dane-se você? Aposto que não irá pensar assim agora. Existem pessoas que costumam magoar em nome do amor, da verdade ou qualquer outro sentimento que julguem bom. Já fui especialista nesse assunto, já magoei muito em nome da verdade. Mas a minha verdade. Nem sempre o que é verdadeiro para mim vai ser ou se tornar verdadeiro para você. Se me ama, não acha que é mais fácil me abraçar e me deixar chorar ao proferir palavras duras e espinhosas. Concordo com que você está pensando agora e sim você tem que ser verdadeiro. E amar é dizer a verdade. Agora pare você para pensar e reveja o modo com que se refere a essa verdade, há várias maneiras de ser dita. Não precisa ser piedosa e se parecer com as fadas madrinhas de conto de fadas, mas não precisa encarnar um filme de terror recheado de monstros. Aprenda e aceite, assim como eu, que pelo menos para algumas coisas na vida existe o meio termo. Limpa as suas lentes e redirecione sua visão. Afinal há mais pessoas no mundo além de você. E, quem sabe, pessoas até mais incríveis. 

quinta-feira, 6 de março de 2014

Sobre estar só...

Procure-me no vento do teu sorriso.
(imagem retirada do site We heart it)

Escolha. Se usada como verbo te da principio, às vezes meio, mas na maioria das vezes pode lhe proporcionar o fim. E qual fim você quer ter? Bom, é melhor decidir antes de começar o caminho. E como decidir o fim antes do começo? Sei lá! Eu disse para você escolher e não que acontecerá. Entretanto “escolher” traz uma segurança de aonde você quer e se permite chegar. Não quer dizer que no meio do caminho não haverá dificuldades e decepções, afinal sempre há, mas vai conduzir ao que é “certo” ou “errado”. Trocando em miúdos: Quando se tem direção, por mais que o vento sopre ao contrário, sempre encontramos o caminho de volta. Fazer escolhas requer coragem. Sair do seguro e se aventurar em outros lugares, conhecer outras pessoas, escutar novas músicas, ler livros. Não estou dizendo para colocar uma mochila nas costas e desbravar o mundo. Aventurar-se não significa conhecer o que está distante. Há tantas pessoas no seu bairro, na sua cidade, na sua rua e principalmente dentro da sua casa. Há tantos outros planos e sonhos e quem sabe quantas de você existam ai dentro. Aventure-se por dentro. Conheça os seus medos, planos e desejos – Encontre-se, se perda, sinta raiva, se ame – Brigue consigo, mas nunca deixe de fazer as pazes. E mesmo que façamos tudo certo ou acabamos em erros, grandes ou pequenos, tudo nos serviram para aprender. Outro verbo constante, A-PREN-DER. Levando em consideração que viver é aprender constantemente. Não há quem saiba tudo ou quem não saiba de nada. Entretanto escolhemos aprender ou não. Um dia de cada vez, dizem as pessoas. Respire com calma, dizem outras. Medite. Ore, reze, faça uma prece, mas faça! Faça o que te mantém em equilíbrio. Só peço que tenham fé. Vai te ajudar no início, no meio e te gratificará no final. Ninguém é feliz sozinho (já dizia o poeta), mas, às vezes é bom estar sozinho, para aprender a ser feliz.